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Por preguiça, falta de tempo ou saco cheio, estou postando mais lá do que cá.

Mas, a proposta é a mesma: o que me der na telha.

Beijos!!!

American Grafitti Bar (bar do Aleks, para os íntimos)

Depois de ler essa matéria muito legal do Diário do Grande ABC, senti uma saudade dana da cerja geladíssima do American Grafitti Bar que, além da decoração super legal, da galera que frequenta e dos vídeos que rolam o tempo todo, tem rock a noite interinha.

Tem de tudo, pra todos os gostos.

Punks, góticos, metaleiros e rockabillys se misturam num ambiente nostálgico e totalmente “família”, onde as brigas são raras e o pessoal que não respeita o local é literalmente jogado na calçada. 

É um lugar que vale muito a pena ser visitado.

Acho que vou dar uma esticadinha lá no sabadão…

Paradigmas – Comentários parte II

– Fogo de Artifício: Eric Novello                                                                                         Fico imaginando como seria uma história assim com os Smurffs ou o Scooby- Doo…  Me agrada muito a mistura de erotismo, detetives e uma pitada bem grande de magia.

  1. Uma visão nova de uma lenda antiga.

 – Sinfonia para Narciso: Cristina Lasaitis                                                                     Será o artista um louco? Mergulhado em si mesmo, refletido em todos os espelhos do mundo?                                                                                                                                 Não gosto muito de música clássica, mas o conto é belíssimo.

  1. A forma como a lenda estava sendo recontada me pegou de jeito numa época em que eu estava lendo muito sobre as antigas lendas européias.

 – A Teoria na Prática: Romeu Martins                                                        Genial!                                                                                                                                Eu sou fã declara das tais “Teorias das Conspirações”.

  1.                                                      Uma história sobre extinção e solidão, maravilhosamente escrita.

 – O Templo do Amor: Ana Cristina Rodrigues                                                         Temple of Love, do Sisters of Mercy, é um dos hinos da minha vida.                            Ler uma história de FC inspirada em Andrew Eldricht e em Ophra Haza me pegou de surpresa.

  1.                                                                                         Não tem como sufocar a revolta!                                                                                     Um conto muito bem escrito, forte.
  2. O que eu posso dizer?                                                                                                  Feliz, muito feliz por ter participado desse projeto tão audacioso, e o II já tá chegando!

Paradigmas – Comentários parte I

Bom, vamos começar o que venho me comprometendo a fazer, há algum tempo.

Afinal, criei este espaço para isso, não?

Participar do Paradigmas foi uma experiência estranha.

Foi mais ou menos com abrir a mente, e ver brotar um ser estranho, com vida e histórias próprias.

Acho que foi a primeira vez que eu levei esse negócio de escrever à sério.

Não sei ainda se gostei do (meu) resultado.

O livro está ótimo, e me pegou de surpresa, principalmente a introdução, com o comentário do Prof. Dr. Heraldo Assis Barber, uma autoridade das mais conceituadas nesse mundão de meudeus, e as palavras e a forma de apresentação dos autores pelo  Richard Diegues, editor, organizador, autor e bebedor de cerveja (qualidade essa que admiro profundamente…)

Sem contar a própria “cara” do livro, desde o índice até a numeração das páginas.

Capa e projeto gráfico de Mila F.

Tudo bem-feito, com respeito por quem fez, e por quem vai ler.

Depois desse “geral”, vou dividir meus comentários em partes, um pouco a cada dia.

 

– MAI-NI Expressas: Richard Diegues

Palavras do próprio autor: cyberpunk à latina.

Um conto rápido e deliciosamente transgressor de moral, aquela coisa estranha que insistem em nos ensinar.

De que lado você está?

Eis a pergunta que martelou na minha cabeça quando cheguei ao fim.

 

– Vento, Seu Fôlego. O Mundo, Seu Coração.: Jacques Barcia

Um conto belíssimo, e assustador.

Toda a poesia indiana lançada no meio de um épico em poucas linhas.

Não precisa ser hindu para entender.

 

– Um Forte Desejo: M.D. Amado

Às vezes, quando homens escrevem sob a narrativa de mulheres, o resultado é desastroso.

Nesse caso, desastroso pra quem?

Você pára e pensa: não, uma mulher não agiria assim…

E, no entanto quantas vezes você mesma, pelo menos, não pensou nessas coisas?

Alguns garotos sabem mais da gente do que querem admitir.

 

– O Mendigo e O Dragão: Bruno Cobbi

Uma história genial!

E uma bela explicação para os males deste mundo, embora eu não compartilhe com o autor a natureza dos dragões.

 

Bom, por enquanto é só, pessoal.

Ainda temos mais 8 contos pra comentar…

 

  

 

 

I said no!

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O que dizer da postura criminosa da Igreja Católica em relação à camisinha?

Milhões de africanos infectados com o vírus da AIDS, e mais uma infinidade de DSTs.

O que comentar sobre os vários atestados de óbito tendo como causas de morte: negligência, preconceito, abuso de poder, pedofilia, apropriação indébita, mentiras, e por aí vai…

Cresci com formação católica. Conheço um padre extremamente dedicado à causas sociais. Conheço padres pilantras também.

Sou grande fã de alguns santos, tendo São Francisco como compadre e Nossa Senhora Aparecida  e São Jorge (que nem faz mais parte do calendário católico) como santos de devoção.

Mas, nada me impede de assumir publicamente a minha repulsa a essa nojeira.

Já ouviu dizer que Papas são Anticristos?

Pior do que isso, é a ignorância de pessoas que apóiam de olhos tapados (cabresto, rédeas e chicote) o que essa besta quadrada diz!

Dá vontade de xingar…

$#&@**¨

Convite: Lançamento!

 

convite-paradigmas

Ressaca pós-carnaval?

Não mesmo!

Em primeiro lugar, detesto carnaval.

É uma manifestação popular que não tem nada a ver comigo.

Acho os excessos injustificáveis.

Não gosto das músicas.

Não gosto das fantasias.

Não gosto do desrespeito.

É praticamente impossível viajar, ir para um bar ou mesmo ir ao cinema!

O país só começa o ano após o carnaval.

Arre!

Mas, com muita persistência, consegui ir ao famoso Bar do Alekis, em Mauá, lugar que só toca rock, de todas as épocas.

Bom, para o meu desespero, as marchinhas estavam tocando no volume máximo!

Ainda bem que só durou uns vinte minutos, logo voltou ao normal, e a cerveja lá é sempre geladíssima…

Um curto ensaio íntimo sobre o meu próprio cinismo.

A simples tentativa de fazer com que os sentimentos se comportam como tal, já faz com que a situação se torne risível, e o cinismo toma conta de tudo.

O bom e velho cinismo, companheiro de muitos copos no bar, presente em muitas rodas de conversa.

Sempre ali.

Sempre pronto pra te provar que ele está sempre certo.

Não adianta você esperar que, um dia as coisas mudem, e você comece a encarar o mundo de uma forma diferente.

O cancro vai aparecer bem lá no canto direito do seu sorriso, aquele sorriso que você ensaia na frente do espelho, é, aquele que é pra parecer sincero, honesto, doce.

Ele te come por dentro, aos poucos, cada dentada profunda, agulhas finas de tatuagem unidas no esforço de marcar e marcar, e lembrar e lembrar.

Dor aguda.

Espera-se que as pessoas sejam boas e, quando elas são honestas e verdadeiras, fugimos delas, nos vemos espelhados nas lentes redondas de suas personalidades distorcidas.

Descobrir que sua vida é um enorme clichê, faz de você uma poça escura e estagnada de cinismo.

O próprio cinismo é clichê, dos mais baratos e ridículos.

Você olha pro céu, e pede uma resposta.

Quando ela chega, parece mais uma confirmação do que você já sabia, os anjos mostrando com mímicas e teatrinho, que você sempre estava certo o tempo todo, mesmo com a cara mergulhada na sua própria poça esverdeada.

E tudo na sua vida caminha nessa linha fina e reta, um fio de espada cega e enferrujada, um pé na frente do outro, tal e qual a moça malabarista com a sombrinha de renda na mão, só que a platéia, repleta de espelhos refletindo você, torce para que você caia na piscininha cheia de piranhas lá embaixo.

Acho que eu ando lendo muitos autores assumidamente cínicos.

E tenho me identificado bastante com eles.

Prefiro assim, a verdade impressa.

O cuspe na cara.

O porre homérico.

Depois, a ressaca amarga.

E duas aspirinas, engolidas com a ajuda da água podre da minha própria poça.

 

Roberta Nunes

18/02/2009

 

 

 

Um retiro espiritual (ou quase), me fez me voltar para coisas antigas.

Comprei filmes clássicos.

Assisti “O bebê de Rosemary”, “Calígula” e “2001 – Uma Odisséia no espaço”.

Não sei dizer se são melhores do que os atuais.

Gostei de “Batman – O Cavaleiro das Trevas”. O discurso final do Comissário Gordon foi particularmente impressionante.

Mas, sou uma fã incurável do clima noir das produções setentistas.

Vejo os filmes da Hammer não pelo conteúdo, mas pela luz tão difícil de conseguir hoje em dia.

Uma arte!

Tento aprimorar meu paladar cinematográfico.

Tento mesmo, com afinco. Mas, me canso rápido.

Então, vou lendo o que os outros escrevem sobre o assunto, resenhas deliciosas e divertidas.

Estou quase me apaixonando de novo pelas artes, e pelas pessoas terrivelmente interessantes envolvidas com elas.

One

Pra mim, a crítica não é só criticar.

É mostrar para as pessoas as impressões que determinadas coisas nos causam.

Colocar lá, pra todo mundo ver que emoções foram despertas, sentimentos afloraram e lembranças foram desenterradas.

Li “O Iluminado” de Stephen King aos quinze anos, somente durante o dia. À noite eu podia ouvir sussurros vindos do tal livro.

E aquilo se tornou referência de uma boa história de terror, ou pelo menos era, lá no auge da minha adolescência ingênua e conturbada.

E ainda é.

Há muito tempo venho tentando colocar em prática essa minha faceta.

Sei que sempre fui uma leitora exigente, apesar de ler qualquer coisa que me caia nas mãos, e eu não gosto da maioria delas.

Meus amigos sabem muito bem disso.

Gosto menos ainda do que eu mesma escrevo, por conta do maldito e profundo senso crítico e do maldito e profundo senso de ridículo.

Amo literatura.

Faço disso um dos pilares da minha vida.

 

Roberta Nunes

12/12/2008

 

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